Turismo (de saúde e
Falar de saúde e bem-estar é sempre uma tarefa complexa, tendo em vista que existem uma série de conceitos e definições para ambos
Quando inserimos nessa equação, o turismo e a natureza, novos conceitos emergem e criam nichos de atuação no mercado, tanto da saúde, quanto do turismo, como em outros segmentos por afinidade.
Falar de saúde e bem-estar é sempre uma tarefa complexa, tendo em vista que existem uma série de conceitos e definições para ambos
Quando inserimos nessa equação, o turismo e a natureza, novos conceitos emergem e criam nichos de atuação no mercado, tanto da saúde, quanto do turismo, como em outros segmentos por afinidade.
O Turismo de Saúde (também chamado de turismo médico) constitui-se das atividades turísticas decorrentes da utilização de meios e serviços para fins médicos, terapêuticos e estéticos para a promoção e manutenção da saúde, a prevenção e a cura de doenças.
Assim sendo, o termo é de uso comum quando os deslocamentos são motivados pela realização de tratamentos e exames diagnósticos por meio do acompanhamento de recursos humanos especializados e integrados em estruturas próprias, comumente hospitais e clínicas. Já o turismo de bem-estar, que é outra vertente do turismo de saúde, é aquele que envolve pessoas que viajam para lugares diversos (que podem incluir a natureza ou não) para buscar proativamente atividades que mantém ou melhoram sua saúde pessoal e bem-estar, e que estão buscando experiências, terapias únicas e autênticas, ou ainda, aquelas baseadas em tradições e cultura locais para as quais é preciso viajar para ter acesso. Essas experiências podem, mas normalmente não envolvem serviços ou instalações médicas, tais como os spas.
Para estudiosos do tema, não existe um consenso para turismo em relação à natureza, então é comum escutarmos os termos turismo na natureza, turismo de natureza ou ecoturismo, cujos conceitos variam entre os países, e que ora são utilizados como sinônimos e ora não. Somam-se a esses, outras terminologias: turismo verde, turismo de natureza, turismo em espaços naturais protegidos (ou áreas protegidas), ecoturismo, turismo ecológico, agroturismo, turismo de aventura, turismo alternativo, turismo sustentável, turismo brando e turismo de impacto ambiental.
Estes termos envolvem diferentes correntes teóricas o que acaba por influenciar “segmento de mercado”, “tipologias turísticas” e “produtos turísticos”.
O Turismo de Saúde (também chamado de turismo médico) constitui-se das atividades turísticas decorrentes da utilização de meios e serviços para fins médicos, terapêuticos e estéticos para a promoção e manutenção da saúde, a prevenção e a cura de doenças.
Assim sendo, o termo é de uso comum quando os deslocamentos são motivados pela realização de tratamentos e exames diagnósticos por meio do acompanhamento de recursos humanos especializados e integrados em estruturas próprias, comumente hospitais e clínicas. Já o turismo de bem-estar, que é outra vertente do turismo de saúde, é aquele que envolve pessoas que viajam para lugares diversos (que podem incluir a natureza ou não) para buscar proativamente atividades que mantém ou melhoram sua saúde pessoal e bem-estar, e que estão buscando experiências, terapias únicas e autênticas, ou ainda, aquelas baseadas em tradições e cultura locais para as quais é preciso viajar para ter acesso. Essas experiências podem, mas normalmente não envolvem serviços ou instalações médicas, tais como os spas.
Para estudiosos do tema, não existe um consenso para turismo em relação à natureza, então é comum escutarmos os termos turismo na natureza, turismo de natureza ou ecoturismo, cujos conceitos variam entre os países, e que ora são utilizados como sinônimos e ora não. Somam-se a esses, outras terminologias: turismo verde, turismo de natureza, turismo em espaços naturais protegidos (ou áreas protegidas), ecoturismo, turismo ecológico, agroturismo, turismo de aventura, turismo alternativo, turismo sustentável, turismo brando e turismo de impacto ambiental.
Estes termos envolvem diferentes correntes teóricas o que acaba por influenciar “segmento de mercado”, “tipologias turísticas” e “produtos turísticos”.
Turismo na natureza é constituído por qualquer tipo de turismo que consista na visitação de territórios predominantemente naturais com objetivo de apreciar e fruir da natureza, ou na prática de atividades e experiências diretamente relacionadas com os recursos naturais.
Aglutina, portanto, outros termos como o ecoturismo, o turismo de aventura e o turismo rural (citados pela maioria dos autores analisados), bem como outras tipologias, como turismo desportivo, geoturismo e turismo náutico.
Por outro lado, o turismo de natureza é associado a valores conservacionistas, de consciência ambiental, relação com a comunidade local e relação direta com espaços naturais protegidos. É representado por atividades realizadas em espaços naturais (protegidos ou não), motivadas pelos aspectos da natureza (seja para descansar, retornar às origens, contemplar e/ou realizar atividades que gerem adrenalina, risco ou apenas sejam realizadas em meio natural) e que certamente geram determinados impactos – ambientais e sociais – que nem sempre são percebidos ou considerados pelos turistas e pelo mercado. O ecoturismo, mais próximo do turismo de natureza, e obrigatoriamente envolve os princípios conservacionistas e preocupa-se com a sustentabilidade.
Turismo na natureza é constituído por qualquer tipo de turismo que consista na visitação de territórios predominantemente naturais com objetivo de apreciar e fruir da natureza, ou na prática de atividades e experiências diretamente relacionadas com os recursos naturais.
Aglutina, portanto, outros termos como o ecoturismo, o turismo de aventura e o turismo rural (citados pela maioria dos autores analisados), bem como outras tipologias, como turismo desportivo, geoturismo e turismo náutico.
Por outro lado, o turismo de natureza é associado a valores conservacionistas, de consciência ambiental, relação com a comunidade local e relação direta com espaços naturais protegidos. É representado por atividades realizadas em espaços naturais (protegidos ou não), motivadas pelos aspectos da natureza (seja para descansar, retornar às origens, contemplar e/ou realizar atividades que gerem adrenalina, risco ou apenas sejam realizadas em meio natural) e que certamente geram determinados impactos – ambientais e sociais – que nem sempre são percebidos ou considerados pelos turistas e pelo mercado. O ecoturismo, mais próximo do turismo de natureza, e obrigatoriamente envolve os princípios conservacionistas e preocupa-se com a sustentabilidade.
Como podemos perceber, a questão da saúde, ou melhor, do Turismo de Saúde (médico ou de bem-estar) abordada no início deste texto, ainda não apresenta uma relação bem estabelecida com a natureza, bem como com os seus respectivos conceitos de turismo nela desenvolvidos.
Algumas atividades desenvolvidas na natureza podem ser benéficas para a saúde, outras implicam em riscos, ainda que promovam bem-estar, e nem sempre há uma preocupação com a conservação.
A equipe do projeto “Um tempo com e-Natureza” tem proposto o conceito de Turismo de saúde e bem-estar com a natureza, como uma terceira vertente do Turismo de Saúde, uma vez que envolve desfechos de saúde e ou de bem- estar, por meio não só do contato com a natureza, que é estar na natureza fazendo algo em benefício próprio, mas sim, um estar com a natureza.
Dessa forma, além de buscar benefícios para a saúde/bem-estar, por meio de atividades conduzidas por profissionais qualificados para tal, a depender da modalidade proposta de intervenção baseada na natureza, há uma preocupação intrínseca com a natureza.
Este é um conceito que convida a relembrarmos que SOMOS TODOS NATUREZA e nos parece o mais apropriado à recuperação e promoção da saúde, como também é o que mais tem ressonância com o conceito de sustentabilidade, justamente porque a conexão com a natureza pode ser considerada o elemento-chave, tanto para a saúde humana quanto para a conservação da biodiversidade. Lembrando que o termo sustentável aplicado ao turismo leva plenamente em consideração seu impacto, atual ou futuro, nas esferas econômica, social e ambiental. Dessa forma busca atender não só as necessidades dos turistas, mas também do meio ambiente e das comunidades que os hospedam preservando o planeta para as futuras gerações.
Como podemos perceber, a questão da saúde, ou melhor, do Turismo de Saúde (médico ou de bem-estar) abordada no início deste texto, ainda não apresenta uma relação bem estabelecida com a natureza, bem como com os seus respectivos conceitos de turismo nela desenvolvidos.
Algumas atividades desenvolvidas na natureza podem ser benéficas para a saúde, outras implicam em riscos, ainda que promovam bem-estar, e nem sempre há uma preocupação com a conservação.
A equipe do projeto “Um tempo com e-Natureza” tem proposto o conceito de Turismo de saúde e bem-estar com a natureza, como uma terceira vertente do Turismo de Saúde, uma vez que envolve desfechos de saúde e ou de bem- estar, por meio não só do contato com a natureza, que é estar na natureza fazendo algo em benefício próprio, mas sim, um estar com a natureza.
Dessa forma, além de buscar benefícios para a saúde/bem-estar, por meio de atividades conduzidas por profissionais qualificados para tal, a depender da modalidade proposta de intervenção baseada na natureza, há uma preocupação intrínseca com a natureza.
Este é um conceito que convida a relembrarmos que SOMOS TODOS NATUREZA e nos parece o mais apropriado à recuperação e promoção da saúde, como também é o que mais tem ressonância com o conceito de sustentabilidade, justamente porque a conexão com a natureza pode ser considerada o elemento-chave, tanto para a saúde humana quanto para a conservação da biodiversidade. Lembrando que o termo sustentável aplicado ao turismo leva plenamente em consideração seu impacto, atual ou futuro, nas esferas econômica, social e ambiental. Dessa forma busca atender não só as necessidades dos turistas, mas também do meio ambiente e das comunidades que os hospedam preservando o planeta para as futuras gerações.
O turismo como potência econômica é a terceira maior categoria mundial em receitas de exportação, representando 10% do PIB mundial, 30% das exportações de serviços e 1 em cada 10 empregos no mundo.
Em virtude disso, o turismo tem o potencial de contribuir, direta ou indiretamente, para os objetivos do desenvolvimento sustentável.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), agência especializada das Nações Unidas, que preconiza a promoção do turismo responsável, sustentável e universalmente acessível voltado para a realização da Agenda 2030, para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) foi incluído como metas nos objetivos 8, 12 e 14 sobre crescimento econômico inclusivo e sustentável, consumo e produção sustentáveis e o uso sustentável dos oceanos e recursos marinhos, respectivamente.
Este novo conceito que apresentamos, o qual alia a conexão com a natureza à saúde, tendo o turismo como uma importante ferramenta aliada a outras possibilidades de fortalecer essa nova perspectiva, o turismo pode ser incluído também no objetivo de número 3 – boa saúde & bem-estar (Fig. 1) – que vem ganhando cada vez mais força, principalmente a partir da pandemia pelo COVID-19, que tem suscitado profundas reflexões sobre a relação entre o ser humano e a natureza e o quanto ela será definidora para nosso futuro.
O turismo como potência econômica é a terceira maior categoria mundial em receitas de exportação, representando 10% do PIB mundial, 30% das exportações de serviços e 1 em cada 10 empregos no mundo.
Em virtude disso, o turismo tem o potencial de contribuir, direta ou indiretamente, para os objetivos do desenvolvimento sustentável.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), agência especializada das Nações Unidas, que preconiza a promoção do turismo responsável, sustentável e universalmente acessível voltado para a realização da Agenda 2030, para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) foi incluído como metas nos objetivos 8, 12 e 14 sobre crescimento econômico inclusivo e sustentável, consumo e produção sustentáveis e o uso sustentável dos oceanos e recursos marinhos, respectivamente.
Este novo conceito que apresentamos, o qual alia a conexão com a natureza à saúde, tendo o turismo como uma importante ferramenta aliada a outras possibilidades de fortalecer essa nova perspectiva, o turismo pode ser incluído também no objetivo de número 3 – boa saúde & bem-estar (Fig. 1) – que vem ganhando cada vez mais força, principalmente a partir da pandemia pelo COVID-19, que tem suscitado profundas reflexões sobre a relação entre o ser humano e a natureza e o quanto ela será definidora para nosso futuro.
Figura 1. Turismo de saúde e bem-estar com a natureza: sua relação com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030)
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